segunda-feira, 26 de julho de 2010

09/06/2010 - O aeroporto!

18h30 min

Já tinha chego, já estava preso no avião, que, por sinal tinha atrasado quase duas horas, só pra aumentar nossa tensão. De umas 50 pessoas que estavam lá quando cheguei, tinham de 12 à 20, agora espalhadas pelo aeroporto. A Marisol já havia avisado o que o Poncho tinha dito, sobre que ele não desceria, já que seu avião apenas ficaria em "trânsito" no aero. Isso fez muita gente desistir, mas eu tinha pra mim que doeria menos se eu abandonasse o local somente quando o vôo tomasse seu rumo, porque não me restaria nada à fazer, mesmo. Isso de ele haver avisado aos fãs do Brasil que não desceria, foi uma atitude grandiosa (ainda que ele nem tenha pensado nisso), pois mostrouh claramente a preocupação com as pessoas que o ama. Sim, ele sabe que somos capazes de fazer para chegar perto dele. Atitude de mestre, de um rei, de alguém que realmente se vale a pena amar. O tempo ia correndo e o desespero começava a cair sobre mim. É um terror ter que escrever sobre essas horas, haha, mas pra quem vê de fora, é divertido. Eu cantava, surtava, gritava, mas nada me distraía, abracei o presente pra me ligar à ele. A cada vez que a porta do desembarque internacional se abria, eu sentia que estava mais perto de perder minha sanidade. Seis e meia, esse era o nosso prazo, nada mudaria depois que acabasse esse horário. Eu e a Moni, fomos, pouco a pouco, perdendo a energia que nos tomara há horas atrás. Aguentávamos o sorriso, como se isso fosse nossa única força pra tudo ou pelo menos a máquina captou isso. Se através da foto, vissem nossa mente cansada, haha... Enfim, aí vai a foto.
foto 01- Com a Moni, antes de tudo acontecer

Quando pensamos que já não havia mais, eis que o Cristiano (produtor do Pânico, hehe) me chamou pra subir à alfândega. Subi tão nervosa, pensando mil coisas que quando ele me pediu para esperar, meus dentes trincavam, batiam e não era de frio! Haha. Logo atrás de mim, escuto a vo da Sabrina, que gelou todo meu corpo.
Sabrina: Poncho?! Você vai falar com a sua maior fã agora.

Me colocou o telefone perto do rosto e eu pensando: "Ok, hehe, ele não vai falar nada, é mentira.". Acho que foram os três segundos mais tensos da minha vida [...]

Poncho: Nathalia?
Nathalia: Hola, Poncho. ¿Cómo estás?

Poncho: Estoy bien ¿y tu?

Nathalia: Muy bien, gracias!

Poncho: Vamos hablar [...] yo no he podido salir del vuelo, no porque no he querido, sino por fuerzas mayores que TU Y YO ♥ que ya sabes cuales fueron, pero quisiera mucho bajar a estar contigo, de verdad, te quería conocer, pero no ha sido posible.
Nathalia: No te preocupes, ya sé como son las cosas, realmente sé lo que pasó, así que no te preocupes, todo está perfecto solo por este momento.
Poncho: Me alegro mucho! Sé que pronto estaré contigo, que pronto estaremos juntos para que eso sea mejor. No te preocupes.
Nathalia: Te espero, Poncho, te esperamos en Brasil, a que vengas con más tiempo, para hablarnos, para convivir con nosotros, necesitamos eso.

Poncho: Tu tranquila, ponte tranquila... estamos bien y todo eso será pronto, tranquila.

Nathalia: Entonces, te quería agradecer por la fuerza que me tu siempre me has dado, con tus palabras, tu energia [...] me has salvado de cosas fuertes, he salido del hospital muchas veces porque creía en ese momento, creía que iba estar contigo, gracias por todo lo que me has dado y me sigues dando.

Poncho: Nathalia, no, muchas gracias a ti, quisiera que eso hubiera sido mejor, que yo pudiera haber salido y estado contigo, lo quería mucho [...] gracias, de verdad, a ti por todo ese cariño.

Nathalia: Gracias a ti, por el cariño, por eso que me estás dando, de verdad, gracias.
Poncho: Gracias a ti, por el apoyo, el cariño, gracias por llegar hasta aqui y mira, te voy a mandar un regalo mío para ti, para que lo guardes [...] no será algo grande porque no puedo enviarlo, pero que guardes con cariño, con el esfuerzo que te va a llegar el regalo, guardes por todo eso que nos está pasando, ¿sí?
Nathalia: Claro que lo acepto! Te amo mucho, te quiero mucho, gracias por preocuparte, gracias de verdad! No lo puedo creer.
Poncho: Es con todo mi corazón, gracias por todo, adiós.

Nathalia: Lo esperaré entonces, muchas gracias por eso, gracias, adiós!


O Poncho devolveu o Nextel e depois do adiós, eu já não sabia o que falar, como agir. Encostei na Sabrina durante a ligação, de modo até que involuntário, pois naquele momento, me fazia falta um abraço, ainda mais pensando que ele estava tão perto, que queria participar da minha felicidade e não podia.
Tomei ar o máximo que eu pude, pois eu não podia mais, eu não existia mais naquele lugar. Meus pensamentos se dividiam em subir ao avião de qualquer modo e terminar a noite (feliz), chorando no meu quarto, sentindo que apenas a luz me via, me abraçada e me dava mais do mesmo. Confesso que, as lembranças após a ligação ficam um pouco fora de lugar, mas vamos tentar. Terminamos a parte da entrevista lá em cima e a Sabrina pediu que fossemos à janela para ver o avião da Aeroméxico indo embora. Seu desejo foi concedido e ali estávamos nós, olhando no mais fundo do horizonte, já cheio de nuvens, com o ar frio da noite paulista e dava apenas para ver o finalzinho dele. O avião começou a se arrumar para sair e meu peito também começava à se deslocar do meu corpo.
À medida em que o avião se afastava milimetricamente, meu coração se desprendia de todos os ligamentos que o seguravam.
Dentro da minha alma, eu já havia deixado que meu coração fosse com ele. Eu, dessa vez, sequer precisava vê-lo para deixá-lo levar tudo de mim.
Logo que o avião ia subir, minhas lágrimas também queriam seguí-lo, mas eu as prendi, com a pouca força que me restava... euh ainda precisava estar viva para receber o presente.
Pausa para nos ajustarmos e para a Sabrina comer, haha (é, ela come bastante, mas isso eu vou contando e vocês logo se acostumam, hahaha).
Tiramos uma foto lá em cima, sem ainda termos conversado muito, sem mal nos conhecermos. E eu ali, com aquela cara de choro, que minha câmera fez o favor de não captar. (como sempre, ela me salvando, haha)

foto 02 - Com a Sabrina, nos bastidores

Descemos para o desembarque internacional, outra vez.
É, aquele que me fez feliz, infeliz, inconstante, haha.
Ficamos esperando, até que a Raffinha trouxe um "regalo", algo meio Missão Impossível, rs. Ela nos explicou que não se podia entrar, em sair nada do avião (por motivos óbvios, pois não tinham feito check in e tudo que entra no país deve ser revisado), mas ela tirou uma folha do seu caderno, entregou à moça do avião, ela entregou à ele, que assinou rápido e por Deus, o bilhete saiu do avião para minhas mãos.
De imediato, conheci a letra, a assinatura, as falhas nas letras, enfim... era dele e eu não tinha dúvidas!


foto 03 - O autógrafo do Poncho, que por sinal é meu background no Twitter!


foto 04 - Poncho no avião, aqui no Brasil

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